O Consumo de Madeira no Brasil e no Paraná
Da madeira é possível extrair diversas funcionalidades, como fabricação de móveis, pisos, objetos, portas, cadeiras, mesas, casas, papel e o látex – líquido extraído da seringueira para fazer a borracha.
Ao decorrer da história, a madeira foi o material mais versátil e mais utilizado pelo homem. Isso ocorre graças à sua resistência mecânica e de compressão, que nos permite ver objetos de madeira aonde quer que vamos.
Aí emerge, também, a preocupação com o meio ambiente, já que é dele que provém esse e outros recursos que consumimos. Neste artigo, vamos tratar sobre o consumo da madeira no Brasil e, depois, mais especificamente no Paraná.
O Consumo de madeira no Brasil
O Brasil está entre os 20 países com maior consumo de madeira no mundo. As regiões Sul e Sudeste do Brasil possuem o mais intenso índice no planeta: a demanda por madeira é maior que o dobro do que é importado pelos 15 países da União Europeia.
Estima-se que, a cada 5 árvores cortadas na Floresta Amazônica, uma é destinada ao mercado do estado de São Paulo. A área total de árvores plantadas no país em 2019 teve um aumento considerável em relação a 2018, sendo 9 milhões de hectares, um crescimento de 2,4%.
Dessa maneira, o cultivo de eucalipto representa 77% desse número, com 6,87 milhões de hectares; e, o de pinus, 18%, com 1,64 milhões de hectares. Referindo-se à dimensão de cada estado, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul seguem sendo os maiores possuidores de florestas plantadas.
Madeira da Amazônia
A maior produção de madeira já feita na Amazônia foi em 1997, com aproximadamente 28 milhões de metros cúbicos.
Deste número, mais de três quartos são extraídos nos estados do Pará e Mato Grosso. Em terceiro lugar na lista de maiores produtores, localiza-se Rondônia.
Amazonas e Acre apresentam uma produção de madeira um pouco limitada, mas que provavelmente irá se expandir ao decorrer dos anos. Nos estados de Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, as quedas de produção podem resultar num progressivo esgotamento.
Você sabia que o consumo de madeira nos nove estados da Amazônia Legal representa apenas 10% do consumo da madeira amazônica?
Esse é um número relativamente baixo, pois 20% dessa madeira vai para o estado de São Paulo, 14% para o mercado externo e 56% para os outros estados do Brasil. Isso mostra a força de São Paulo no consumo deste produto.
Consumo de Madeira no Paraná
A base florestal do Paraná é formada por povoamentos de Pinus e Eucalyptus, com aproximadamente 750 mil hectares, representando 3,76% do território estadual.
As florestas plantadas com o gênero Eucalyptus contêm cerca de 73 mil hectares, obtendo a maior concentração na região de Jaguariaíva e Telêmaco Borba, que, somadas, representam 80% do total plantado.
Já em relação ao gênero Pinus, a área plantada é de aproximadamente 677,1 mil hectares, sendo 20% com Pinus Elliottii e 80% Pinus Taeda.
A maior quantidade de plantios com Pinus Elliotti está localizada na região do Vale da Ribeira, onde há 57,4 mil hectares da espécie. Isso corresponde a 68% dos plantios da região e 8,5% dos plantios com o gênero Pinus.
Os outros locais têm concentração no plantio com Pinus Taeda, representando 80% da área.
A demanda anual da Indústria Consumidora de Madeira do gênero Pinus no Paraná é de 15,5 milhões de toneladas, incluindo toras e toretes (com casca).
A produção industrial de madeira sólida, por sua vez, localiza-se nas regiões do Centro Sul de Telêmaco Borba e Jaguariaíva. Esses lugares têm um total 45,6% da produção, seguidos por Ponta Grossa e Guarapuava, com 13% e 12% de participação.
A produção industrial de pasta, papel e fibra longa fica localizada em Jaguariaíva, com 44% do volume total feito neste segmento, e também em Telêmaco Borba, que colabora com 43% da produção do estado.
Em torno de 32%, a madeira sólida produzida é destinada para a produção de lâminas e compensado multilaminados, fazendo com que o Paraná seja o líder neste segmento, seguido pelas chapas reconstituídas (Aglomerado, MDF e OSB) com 31%.
Em terceiro lugar, com 16% do volume produzido, estão as projeções de blanks, molduras e painéis.
Um breve histórico da madeira no Paraná
Como citado anteriormente, as regiões Sul e Sudeste sempre dominaram no consumo desse material.
No ano de 1905, porém, na cidade de Curitiba, o governo proibiu a construção de casas de madeira nas zonas centrais da cidade. Isso é considerado, no meio técnico brasileiro, um preconceito com as estruturas de madeira.
Na década de 50, o estado era considerado como um dos maiores produtores de madeira no mundo. Além da quantidade, o produto também era reconhecido por sua alta qualidade.
Em Curitiba, destacam-se dois projetos no qual o uso dessa madeira foi muito bem aproveitado: as Casas dos Arquitetos Othelo Lopes Filho em 1973, localizadas no bairro Água Verde; e Casa da Árvore, construída por Osvaldo Navarro Alves, em 1977, no bairro Cristo Rei.
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